sábado, 12 de dezembro de 2009

Ampulheta

Vou passar o dia olhando a janela
E depois dela as árvores sacudidas pelo vento
Vou ficar aqui lendo Nietszche (louco?)
Sentindo Virgínia Wolf em suas frases isoladas
Que perpetuam segundos de vida - eu os vejo com os olhos fechados.
Quantos gênios se escondem solitários em quartos iluminados?
Quantas mães esperam e rezam e pedem?
Os temporais continuam
As árvores balançam
A terra está seca
Enquanto o gelo derrete e inunda.
Eu vejo o mundo morrendo
Como um organismo semi-vivo, sem saída
Quanto tempo?
quanto tempo, tempo, tempo, tempo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário