sábado, 12 de setembro de 2009

Hoje

O dia em que o melhor lugar é a sua casa
E a melhor companhia é você mesma
Roupas se espalham pelos quartos
Xícaras de chá, papéis velhos, guardados
Não há notícias, só memórias
Abre-se o baú do tempo
E me descubro, me acho
Entre palavras perdidas e pedaços de passado.

Mil Novecentos e Oitenta e Alguma Coisa...
(foi pro meu primeiro amor)

Síntese

Durante mil anos
Escrevi mil palavras
Sobre mil folhas
Usei toda a tinta
Da cor das violetas
Mas veio a chuva
E molhou as folhas
Ninguém leu meus poemas
Então chorei
Pois as violetas haviam morrido.
Eu perdi mil anos
Mas consegui traduzir mil palavras perdidas
Num eu te amo.


Ânsia

Sozinha
Ouço a chuva
Que cai dentro de mim
Por sobre as certezas.
O que o mundo nos fez
Que não estamos felizes?
O pássaro voa
Quando a chuva molha
Eu fico muda.
Mas não calo minha inquietude com gosto de tédio
Seu sabor me incita
A escrever mil entrelinhas
Na tentativa de compreender o amor.

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